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		   Leia um pequeno trecho do prefácio do livro: 
		   Partilhar conhecimentos, em qualquer área  de atuação, é pensar no bem da comunidade (polis)  onde vivemos, colaborando para a pesquisa e capacitação. Partilhar cultura é,  no sentido etimológico do termo, fazer política cultural. O aprendizado do  saber-fazer só é possível se adotarmos uma postura de humildade, diante da  enorme herança que nos oferece a história; um vasto conjunto de conhecimentos  de arte, técnicas, estéticas, teologia da imagem, experimentações e de algumas  conclusões definitivas, que só são possíveis quando uma obra resiste à passagem  do tempo.  
		     
		    Nesta edição, contamos com o apoio do  especialista em tecnologia dos materiais Caetano Ferrari, que propôs uma vasta  bibliografia, sugestões de inclusão e abordagens de produtos industrializados e  uma variedade de fórmulas, que veio se somar as já descritas na primeira edição. 
		     
		    Levando em consideração as propriedades  dos materiais abordados nesta edição, você poderá fazer novas adequações e  descobertas, alterações de fórmulas, manipulando-as conforme suas necessidades.  
		     
		   PRAZER DE PARTILHAR 
		  Vejo prazer estampado nos olhos dos  frequentadores do ateliê, a cada descoberta em técnicas. É a luz da revelação,  que desperta, da criatividade que encontra meios de expressão. As mensagens de  apoio e admiração pela obra já realizada me incentivam. Sou testemunha do  entusiasmo do saber fazer, ligado ao poder fazer, no talento de muitos  estudantes e artistas.  Ao executar estudos e testes das técnicas  exemplificadas, você poderá se permitir alguma liberdade. A liberdade de  atualizar técnicas antigas aos materiais modernos, e encontrar soluções em técnicas  mistas, compatíveis entre si. Saiba do risco de erro, de encontrar técnicas que  envelhecem mal, de materiais que não resistem ao tempo, se estes não  respeitarem os princípios dos materiais.  
		     
		  As compatibilidades tornam-se possíveis  desde que o artista conheça os princípios dos materiais. Conhecendo alguns  encurtamentos técnicos e algumas dicas profissionais, todas as técnicas  tornam-se compatíveis. É uma lógica que adquirimos após muita experimentação e  direcionamento. 
		     
		     
		   RAZÕES PARA O ESTUDO TÉCNICO 
		    A pintura e o desenho são linguagens do  silêncio, mesmo quando expressam temas fortes. A tela e o papel tudo aceitam,  silenciosos. O tempo, por sua vez, faz a triagem entre o que pode passar por  sua fina peneira e o que vai se deteriorar.  
		     
	      O pintor contemporâneo saberá criar melhor  e deixará o testemunho de sua época para as futuras gerações se souber manejar  quimicamente sua pintura, fazendo o equilíbrio alquímico, a culinária  sofisticada dos elementos da arte. Saberá também se proteger e evitar os  materiais mais ofensivos à sua saúde, obtendo resultados excelentes com  materiais diferentes, lendo sobre a  toxicologia dos materiais artísticos.
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