Adeus, Dom Bruno, caro amigo.

Obrigado pela chance que me ofereceu, a de pintar minha primeira Igreja.

Você, caro amigo, colaborou para que minha verdadeira vocação pudesse se realizar.

Ao meu lado, colaborou, com paciência e inteligência, para a criação de obras de arte sacra. Com sua grande capacidade artística, surpreendeu-me, sugerindo uma visão do Cristo Rei.

Com sua visão de mundo, humanista e de Deus, forneceu elementos e teologia da imagem para algumas de minhas obras sacras, ampliando meus horizontes.

Pediu-me para pintar alguns anjos negros que tocaram as pessoas de cor, anjos orientais que nos aproximaram de nossos irmãos de olhos puxados, e me deixou pintar os anjos de todas as cores, uma anja mulher, anjos músicos com instrumentos de todos os tipos, atabaques, berimbau, aproximando a mensagem de Deus dos Brasileiros, através da imagem.

Obrigado, caro Padre-Bispo-Arcebispo, por seu entusiasmo de fé e alegria em Deus, por suas mensagens televisivas, por sua lucidez espiritual. Por partilhar o mundo de Deus com seus irmãos.

Obrigado por ter-me chamado de "irmãozinho", desde nosso primeiro encontro de trabalho, quando fui tratar sobre a pintura da ábside de Santa Terezinha. Meu projeto não estava mesmo tão bom, mas era um começo de conversa.

Obrigado por seu convite para vir discutir o projeto, pois esta aprovação permitiu que viesse trabalhar mais próximo de minha família, da terra onde crescí.

Sua semeadura está frutificando, Dom Bruno. Hoje temos um atelier, que recebe tanta gente, graças ao seu apoio.

Que neste espaço, Deus seja louvado através da Arte. E que as pessoas O encontrem através do silêncio que fala.

Grande abraço, Dom Bruno.

Vai com Deus, olha por nós, lá de cima, nosso irmão de fé e de arte.

Que os anjos músicos reproduzam e inovem em suas belas sinfonias e composições, com inspiração e toques divinos, caro Arcebispo músico e artista.

Obrigado Dom Bruno. Por trazer e fazer arte e fé caminharem juntos.

Vai com Deus, irmão.

Grande mural do Cristo Rei, pintado entre julho e dezembro de 2000, medindo 65 m². Encáustica, acrílico, douração sobre esplendor esculpido em gesso sobre parede.
O projeto foi desenvolvido em conjunto com Dom Bruno Gamberini e representa as diversas esferas da criação: o cosmos, o mundo mineral, animal, humano e divino. Maria é a única que passa do círculo humano ao divino.

Leia o texto sobre a teologia da imagem do mural do Cristo Rei, por Dom Bruno Gamberini.